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De Paris à ilha do Corvo (#1)

Atualizado: 1 de abr. de 2023

26/07/1990

Paris 1990

Aqui há a consciência coletiva da importância de valores como a liberdade ou o direito à vida.

Quase 10 horas da noite em Paris e em pleno verão de 1990.


É ainda dia. O sol já se pôs, no entanto resta ainda uma luminosidade suave, de tons azuis cinza. Ao longe a silhueta da Torre Eiffel surge já iluminada.


Encontro-me num pequeno bar a ler o "Le Monde" saboreando ao mesmo tempo uma cerveja cuja marca desconheço.


A minha visita a Paris está a terminar. Ficarei ainda por cá durante todo o dia de amanhã, durante o qual me irei despedir destes magníficos recantos.

Há pouco enviei um postal a uma amiga, em que dizia ser necessário conhecer Paris para podermos compreender o mundo. Aqui temos a sensação de ser este o local onde tudo começa e onde tudo vem a acabar.


Aqui se reflete toda a Europa. Ou talvez aqui se venha a refletir toda a Humanidade.


Aqui o passado evidencia-se através da pedra destes imensos monumentos: Notre-Dame, Arc du Triumphe ou La Concorde. É a história dos povos europeus que direta ou indiretamente está aqui refletida. Marcas mais recentes deixadas pelas duas grandes guerras mundiais estão evidentes de forma dolorosa e profunda.


Falei de História. Mas se falasse de arte traçaria igual percurso. Paris sempre se evidenciou como a capital da cultura e das artes.


E se falarmos de ciência ou de tecnologia? A França nunca se afastou dos primeiros lugares. A Torre Eiffel, de esguia silhueta, sintetiza esta interessante simbiose conseguida de forma harmoniosa entre a Ciência e a Arte.


A França surge mesmo como síntese de toda Humanidade. Aqui há a valorização das artes, da estética e da harmonia. Aqui há a consciência coletiva da importância de valores como a liberdade ou o direito à vida.


E tudo isso, quem sabe devido à abertura cosmopolita desta cidade ao longo da história.

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